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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, foi denunciado ao Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), durante reunião realizada nesta sexta-feira (8), em Genebra, pela escalada da letalidade policial no estado. Uma operação, consideradas mais letais do estado, está em andamento na Baixada Santista. A denúncia foi apresentada pela Conectas Direitos Humanos e pela Comissão Arns, alegando que a situação na região é reflexo da ação deliberada de Tarcísio “que vem investindo na violência policial contra pessoas negras e pobres”. “O governador Tarcísio de Freitas promove atualmente uma das operações mais letais da história do Estado: a Operação Escudo, na região Baixada Santista. Há denúncias de execuções sumárias, tortura, prisões forjadas, e outras violações de direitos humanos, bem como a ausência deliberada de uso das câmeras corporais na operação”, disse Camila Asano, diretora-executiva da Conectas, em discurso durante a reunião remota do Conselho.  Asano requisitou ao Conselho que proponha ao Estado brasileiro, efetivar medidas de controle à violência policial no estado de São Paulo, garantindo a implementação do programa de câmeras corporais, investigando de forma independente e responsabilizando os agentes públicos e a cadeia de comando envolvida na prática de abusos e execuções sumárias. Após implementação das câmeras corporais nos uniformes de policiais militares, entre 2020 e 2022, as mortes de policiais em serviço reduziram 53,7% e os índices de letalidade policial, 63,7%. “Apesar dos números, o governador Tarcísio de Freitas questiona eficácia e a continuidade da política pública”, afirmou a diretora.  As entidades pedem ainda que seja garantido acolhimento adequado a vítimas, familiares e testemunhas de casos de violência policial. A ONU, como resposta a denúncia, pode cobrar que o Estado brasileiro se posicione diante de compromissos internacionais que o país tem em relação ao combate à violência policial e ao racismo estrutural.

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